- Não acredito! As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam poderosas com os seus espinhos...
- É preciso que eu tolere duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Nao se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
"És como um desses botões que cresceu, desabrochou e se tornou uma rosa. E, mesmo com espinhos, ainda és a mais bela das flores."
Quebra-cabeças, torneiras e rosas. Ando em círculos pela vida, como alguém perdido em uma floresta. A cada vez que passo pelo mesmo lugar, porém, não me perco: encontro-me. É como se, a cada volta, eu deixasse pegadas... E depois pisasse nas minhas próprias, e percebesse que meus pés não mais se encaixam nelas, porque cresceram. Eu cresci. Sem deixar de seguir meu próprio caminho, que, apesar de circular, me levará a algo muito importante: meu caminho me leva a mim. Ninguém mais pode seguir meus passos além de mim. O máximo que posso fazer é convidar alguém a caminhar comigo, sem, no entanto, esperar que meu acompanhante demonstre conhecer minha trilha, minha floresta - porque nem mesmo eu a conheço, a despeito do fato de já tê-la percorrido antes. Nenhum mundo pára enquanto eu caminho por ele... Nem mesmo o meu.
- É preciso que eu tolere duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Nao se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
"És como um desses botões que cresceu, desabrochou e se tornou uma rosa. E, mesmo com espinhos, ainda és a mais bela das flores."
Quebra-cabeças, torneiras e rosas. Ando em círculos pela vida, como alguém perdido em uma floresta. A cada vez que passo pelo mesmo lugar, porém, não me perco: encontro-me. É como se, a cada volta, eu deixasse pegadas... E depois pisasse nas minhas próprias, e percebesse que meus pés não mais se encaixam nelas, porque cresceram. Eu cresci. Sem deixar de seguir meu próprio caminho, que, apesar de circular, me levará a algo muito importante: meu caminho me leva a mim. Ninguém mais pode seguir meus passos além de mim. O máximo que posso fazer é convidar alguém a caminhar comigo, sem, no entanto, esperar que meu acompanhante demonstre conhecer minha trilha, minha floresta - porque nem mesmo eu a conheço, a despeito do fato de já tê-la percorrido antes. Nenhum mundo pára enquanto eu caminho por ele... Nem mesmo o meu.