domingo, 30 de março de 2008

You've broken all my walls

It's not so easy loving me
It gets so complicated
All the things you've gotta be
Everything's changin'
But you're the truth
I'm amazed by all your patience
Everything I put you through

When I'm about to fall
Somehow you're always waitin'
with your open arms to catch me
You're gonna save me from myself

My love is tainted by your touch
'Cuz some guys have shown me aces
But you've got that royal flush
I know it's crazy everyday
Well tomorrow may be shaky
But you never turn away

Don't ask me why I'm cryin'
'Cuz when I start to crumble
You know how to keep me smilin'
You always save me from myself
You're gonna save me from myself

I know it's hard, it's hard
But you've broken all my walls
You've been my strength, so strong

And don't ask me why I love you
It's obvious your tenderness
Is what I need to make me
a better woman to myself
You're gonna save me from myself




E, por tudo isto, eu te agradeço infinitamente. Por ser o amigo com o qual eu tanto sonhei que se realizou, por ser uma daquelas pessoas que me amam mesmo me conhecendo bem, por sempre tentar me entender antes de pensar em me julgar, por, independentemente da distância, estar sempre aqui, e só. Ainda pretendo descobrir como conseguiu quebrar tantos muros invisíveis com essa facilidade absurda. Não pense que eu não sei o quanto é realmente difícil me amar, acredite, muitas vezes eu não consigo...


sexta-feira, 28 de março de 2008

(des)Memória







E a noite vem, sendo o descanso do Sol...
E a ponte vem, sendo a distância de quem está só.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sobra tanta falta

Nenhum pensamento ao meu alcance, tudo o que parece fazer sentido encontra-se longe demais, do lado de fora da esfera blindada que me cerca. As palavras fogem, como de costume... já há algum tempo elas me traem. Nenhum pensamento, nenhum sentimento, nenhuma palavra. Só esta angústia oca, essa casca furtacor que não envolve nada além de fumaça, essa linha tracejada... em branco. Como preencher esta falta de não-sei-o-quê? Com algum líquido que se encaixe em qualquer espaço disforme, ou um pó. Mais uma vez, cinzas e água do mar? O infinito carbonizou há tanto tempo que já se misturou em qualquer coisa solvente o suficiente para evaporar e virar nuvem que não chove mais. E a minha tempestade, cadê? Já joguei fora o guarda-chuva e, ainda assim, ela não vem.

terça-feira, 25 de março de 2008

Elemento estranho

O bom das fases é que elas passam... e o ruim é que elas podem voltar.
Nessas horas, pedir só não adianta. Eu sempre achei que os clichês costumam ser verdadeiros, pois, se não fossem, não se repetiriam até banalizar (e até falei sobre isso aqui um dia desses). E acho realmente que tudo seja uma questão de perspectiva, de pensar positivo. Mas, porra, não dá pra ser assim sempre. Às vezes a gente precisa ouvir isso de outra pessoa pra lembrar que é verdade, porque quando só você repete infinitamente a mesma coisa a si mesmo, a impressão que dá é que você está tentando se enganar. Malditos sejam os escrúpulos que não me abandonam, maldita essa consciência que já nasceu pesada, maldita essa mania de achar que tudo é culpa minha quando não é, e de não perceber quando é. Maldita essa inconstância, esse vazio, esse sentimento de solidão no meio de todos. Cansei de ser essa peça perdida de um quebra-cabeças que não existe, de não me encaixar em lugar nenhum. Quando eu penso que encontrei peças parecidas, vejo que eu só estava entre dois espelhos... Cansei de andar em círculos.

terça-feira, 18 de março de 2008

De tanto não querer


"Voilà, ma petite Amélie, vous n'avez pas des os en verre. Vous pouvez vous cogner à la vraie vie. Si vous laissez passer cette chance, alors avec le temps, c'est votre coeur qui va devenir aussi sec et cassant que mon squelette." (Raymond Dufayel, I'homme de verre)



Não. Ela realmente não queria aquilo. Tinha absoluta certeza que seus caminhos se encontravam em planos diferentes, e nenhuma intersecção valeria à pena. Era um preço que ela não estava disposta a pagar, muito menos naquele momento, em que todas as certezas viravam interrogações. Os vidros da janela estavam embaçados, ela não conseguia enxergar com clareza o lado de fora e, quando se olhava no espelho, perguntava-se quem diabos seria aquela mulher que a encarava de volta. Perdeu a confiança. Ela sabia que de tudo restavam apenas cacos, sobre os quais ela andava com os pés descalços. Mudou de rumo, teve medo de arriscar. Reprovava o modo como vinha agindo e sentindo, condenou-se por ter medo e, a despeito da certeza que tinha do que não queria, guardava dentro de si uma enorme vontade de encontrar algo que fosse capaz de fazê-la mudar de idéia. Não. Ela não sabia. Nem ao menos desconfiava de que tanto havia ainda pela frente.

sábado, 15 de março de 2008

Perspectiva

Sim, eu acredito que tudo tenha um lado bom. E tem.
Ainda que às vezes nós sejamos cegos demais para enxergar.


E o tempo é mesmo o senhor de tudo, afinal.

quarta-feira, 5 de março de 2008

- e levanto.

CANÇÃO EXCÊNTRICA

Ando à procura de espaço
Para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
projeto-me num abraço
e gero uma despedida.

Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.

Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.

(Cecília Meireles)


É incrível como todas as coisas que nos acontecem são repetidas. Também pudera, tantos já viveram antes de nós... E é claro que, no final das contas, as pessoas acabam pensando parecido, vivendo as mesmas crises, ultrapassando as mesmas etapas e chegando às mesmas conclusões. Por isso não fico surpresa ao perceber que absolutamente TUDO o que estou aprendendo agora, a maioria das pessoas já sabe. Isto não afeta, entretanto, a minha descoberta. Até intensifica, eu acho. Porque há tantas verdades escondidas bem debaixo do nosso nariz todo o tempo, as pessoas falam a respeito e nós pensamos saber do que se trata, mas, quando acontece conosco, percebemos o porquê de certas coisas serem ditas como são, os clichês nos atingem, e disto não há quem consiga fugir. O aperto no coração, a pedra no caminho, as voltas da vida, a lei da ação e reação, esse tempo que voa tão rápido... Por que será que estas (e outras) expressões são repetidas a ponto de quase perderem o significado? No final, selecionam-se as pessoas capazes de aprender realmente o que não sabiam, de admitir que, apesar de outros já terem percebido antes de você, o seu tempo é agora. Mais uma verdade cansada: ninguém nasce sabendo. Todos nós passamos pelas mesmas coisas em tempos - e maneiras - diferentes, mas cada um tira um proveito único de cada experiência. Aprender o que todos já sabem não é problema... o problema é ter que aprender novamente o que você já deveria saber.