segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

When the sun goes down

Quanto mais o mundo se fecha para mim, mais me fecho para o mundo, e vice-versa. Causa e conseqüência se embaralham no maldito ziguezaguear emocional do qual não consigo fugir, e tudo começa outra vez... Paredes opostas estreitam o aposento, parecem se fechar sobre mim: o mundo cresce lá fora e o meu mundo aperta aqui dentro. Aquela esperança de não estar mais sozinha parece uma luz de poste, daquelas que apagam de repente bem quando a gente passa embaixo, exatamente no momento em que mais brilha, quando as coisas parecem mais claras... Ela simplesmente se cansa de te iluminar quando você menos espera - e quando mais precisa dela. Você se vê sozinho no escuro, e tem receio de chamar ajuda ou companhia, porque não sabe mais se vai receber retorno ou ser repreendido por ter saído tão tarde. Então, você se abaixa e espera sentado na sarjeta, até que algum passante tropece em você, ou até que o poste resolva acender novamente, e permanece ali, parado, torcendo para que não precise esperar até o amanhecer.
Certas pessoas são como a o sol nesses momentos, mas sua luz também precisa iluminar trevas alheias, de vez em quando. A conclusão a que se chega é que é sempre bom andar com uma lanterna - e pilhas novas.

1 Ficadica:

Leo Curcino disse...

vou seguir seu conselho. as pilhas novas eu tenho. vou comprar agora uma lanterna!