sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Corrente

E, como uma gota única de vinho mancha um copo inteiro de água, deixei que preenchesse aquele vazio disforme, com uma peça mal-encaixada. O graal transferido, mais um elo que encontro de minha corrente de metal barato. Quanto vale uma coleção de tropeços? Mas o preço que se paga não é pouco; é o preço dos preços que não se pagam, que não se devem. O preço das horas que se desviam para não tocar um pedido de pura e palpável solidão, o preço dos corpos que não se tocam, que não se entregam, ou que transformam a busca em rarefeita espera. Espera qual?
O que virá, o que virá depois que o cortejo passar?

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