segunda-feira, 9 de junho de 2008

Parede de papel


Não são raras as vezes em que palavras são pateticamente inúteis, e só um grito é capaz de exprimir o infinito esmagado entre os dedos, o universo que guardamos comprimido na garganta.
Desespero estrangulado pela injustiça e pelo preconceito, como as coisas parecem erradas, como as pessoas o são. Como dá vontade de correr para não ficar para trás, e gritar para anunciar a chegada. Impotência. O eco surdo do que não foi dito, do que não foi feito.
O que me resta, então?
Só silêncio.

2 Ficadica:

Leo Curcino disse...

uau! gostei disso. o silencio e o grito?
^^

assinado eu disse...

o grito silencioso